<i>Expresso</i> omite posições do PCP

Numa nota di­ri­gida ao di­rector do Ex­presso, o Ga­bi­nete de Im­prensa do PCP acusa o se­ma­nário de «total apa­ga­mento e pro­postas» do Par­tido numa peça, pu­bli­cada na sua úl­tima edição, re­la­tiva ao preço dos com­bus­tí­veis, com o tí­tulo «Preço. Per­ceba por que pa­gamos tanto pelos com­bus­tí­veis e o que se podia fazer (mas nin­guém faz) para mudar este es­tado de coisas».

No re­fe­rido texto, na pá­gina 4, es­creve-se, por exemplo: «Pe­rante a inacção ge­ne­ra­li­zada, o líder da AN­TRAM aponta uma saída (...)» e «Em Por­tugal, du­rante o Go­verno Só­crates, Paulo Portas e Fran­cisco Louçã abor­daram no par­la­mento a ur­gência de so­lu­ções para baixar os preços», e, na pá­gina se­guinte, dá-se conta de pro­postas de cri­ação de redes low cost, atri­buídas ex­clu­si­va­mente ao ac­tual mi­nistro da Eco­nomia, e da re­gu­lação de preços, atri­buídas ex­clu­si­va­mente ao BE.

Para o PCP esta forma de tratar a in­for­mação é «es­can­da­losa» e «ab­so­lu­ta­mente in­com­pre­en­sível», tendo em conta as suas po­si­ções, no­me­a­da­mente a De­cla­ração Po­lí­tica de Agos­tinho Lopes na As­sem­bleia da Re­pú­blica (14 de Março de 2012), a De­cla­ração, em con­fe­rência de im­prensa, de Vasco Car­doso, in­ti­tu­lada «Pe­rante os va­lores mais altos de sempre – PCP exige re­gu­lação nos preços dos com­bus­tí­veis (26 de Março de 2012) e o Pro­jecto de Re­so­lução n.º 227/​XXI (3 de Abril de 2012), com o tema «Preços má­ximos nos com­bus­tí­veis, travar a es­pe­cu­lação». No dia 18 de Abril, Agos­tinho Lopes voltou a pro­nun­ciar-se, na As­sem­bleia da Re­pú­blica, sobre «Os preços dos com­bus­tí­veis em Por­tugal são um es­cân­dalo».

«Em todas estas ini­ci­a­tivas, o PCP não só con­tra­riou a “inacção ge­ne­ra­li­zada”, como fez pro­postas para “mudar este es­tado de coisas”, abordou por di­versas vezes esta ma­téria no Par­la­mento e propôs, entre ou­tras me­didas, a cri­ação de uma rede low cost e a re­gu­lação do preço dos com­bus­tí­veis», in­forma o Ga­bi­nete de Im­prensa, que não vis­lumbra «que cri­tério jor­na­lís­tico possa jus­ti­ficar a opção re­cor­rente ao longo da peça de omitir as po­si­ções e pro­postas do PCP, ainda que re­fe­rindo as po­si­ções de ou­tros par­tidos, opção que não só pre­ju­dica o PCP, como na­tu­ral­mente pre­ju­dica o pres­tígio do pró­prio jornal e a ri­go­rosa in­for­mação aos seus lei­tores». «Es­pe­ramos que a pu­bli­cação das po­si­ções do PCP possa, no fu­turo, ser de­ter­mi­nada por prin­cí­pios de res­peito e igual­dade», acres­centa-se no do­cu­mento.



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